domingo, 12 de junho de 2011

Short story

Estava a mexer no baú das recordações quando sou banhada pelas saudades, pela alegria de certos momentos, mas também pela tristeza de outros.
Uma fotografia caiu de um pequeno caderno, quando a vi o meu coração acelerou sem que desse conta e perdi-me numa das melhores recordações de sempre…
- Prometo que nunca te vou fazer chorar…
- Não prometas algo que não possas cumprir. – Disse assustada quando encarei o seu olhar.
- Não acreditas em mim? – Perguntou unindo as nossas mãos.
- Em ti acredito, mas em mim não. Sabes que sou insegura de natureza…
- Eu vou mostrar-te que vale a pena…
A voz dele invadiu novamente a minha cabeça, fiquei a fitar o vazio, ainda lembrava cada traço da sua face, lembrava-me do seu toque e de como me fazia sentir estranhamente feliz. Suspirei e fechei os olhos. Sentia a sua falta mais do que pensava e queria admitir a mim própria…
Sem pensar saí de casa e fui para a praia, caminhei à beira-mar, o céu estava nublado e as ondas batiam nas rochas com intensidade, no ar pairava maresia, estava um ambiente diferente mas que no entanto me dava paz.
Sentei-me na areia e observava o local envolvente, a sua voz ainda estava presente na minha cabeça devia estar a ficar completamente doida. Porque tinha de me lembrar dele?
Suspirei mais uma vez… De súbito, uma mão tapou os meus olhos o que me fez mandar um pulo…
- Quem é? – Perguntei assustada.
- Alguém que te quer á muito…
Quando ouvi a sua voz, o meu mundo parou. Seria mesmo ele que ali estava ou era eu que estava a ter uma alucinação?
Ele tirou as mãos dos meus olhos e voltou-me para ele e os nossos olhares ficaram presos momentaneamente e em silêncio…
- Eu disse-te que ia voltar. – Disse-me colocando a mão no rosto.
- Pensei…
- Pensaste que eu te tinha mesmo esquecido?
- Sim.
- Eu vou-te provar que o que sinto por ti é possível e é real e que não é um sonho…
- Estou para ver isso… Às vezes penso que é fruto da minha imaginação.
- Mas não sou e amo-te.
Olhei para o mar assustada, eu queria crer que sim porque ele era tudo o que mais precisava e porque também o amava, mas existe sempre aquele mas que me dá voltas á cabeça. 




1 comentário:

  1. ADOROOOOOOOO
    Tenho imensas saudades de ler os seus textos dona Ana !!!!
    Beijinhos grandes

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